Bela como Afrodite, forte como Hércules, sábia como Atena e veloz como Hermes

Na estreia de seu gibi em 1942

Wonder Woman surgiu no começo dos anos 40, não foi a 1ª super-heroína mas é certamente a mais importante. Foi criada por Marston, um psicólogo americano, fã de quadrinhos e defensor do feminismo. Justamente por atacar o tipo de mulher que era representada nos quadrinhos masculinos, chamou atenção da DC Comics e foi chamado pra prestar consultorias sobre o o ponto de vista psicológico dos personagens. Até ter a chance de criar seu próprio herói…

A personagem teve sua importância social na época de criação, durante a 2ª guerra, quando as mulheres americanas precisaram assumir trabalhos até então masculinos, já que os homens estavam em batalha. A função de Wonder Woman foi mostrar para as mulheres que elas eram capazes de cuidar de si mesmas. Ela também teve um 2º momento de destaque nos anos 70, outra época de revolução feminina, onde se popularizou através do seriado com Lynda Carter e do desenho “Super Amigos” de Hanna & Barbera.

Lynda Carter, a “carne e osso” mais popular

No desenho de Hanna & Barbera

A Mulher Maravilha surgiu na minha infância nos anos 80 por causa do Super Amigos, durante o programa da Xuxa. Acho que já falei algumas vezes aqui como sempre fui incomodada com a quantidade de personagens masculinos contra os poucos femininos em desenhos e games, então não tinha como não se apegar à uma heroína como ela. Ela lutava de igual pra igual ao lado de Batman e Superman, e ainda tinha uma inteligencia e gentileza muito próprias.

É estranho pensar que ao contrário de tantos outros heróis, que invadiram tv e cinema com seriados e filmes, Mulher Maravilha ficou guardada unicamente em HQs. X-Men, Wolverine, Thor, Superman, Batman, Homem de Ferro, Quarteto Fantástico, Spiderman, etc. Foram dezenas de filmes de super-heróis feitos nos últimos anos e nem sinal de WW… pelo menos até o momento! A verdade é que é muito difícil trazer Maravilha para as telas, já que a personagem não tem uma origem conhecida pelo grande público e veste uma fantasia datada que pode parecer ridícula para as gerações atuais. E ainda existe uma complexidade nos dias de hoje, referente ao fato de que apesar de levantar a bandeira pelo poder feminino, a personagem tem uma imagem muito sexualizada.

Em 2011, Adrianne Palicki para o piloto do seriado que não vingou

Em 2011 foi feito um piloto do que poderia se tornar um seriado, eu até falei disso aqui 2 vezes. O  resultado tosco da WW de Adrianne Palicki foi recusado (dá pra ver as cenas do episódio no YT, é de chorar!). Agora é hora de esperar pela versão “carne-e-osso” que Zack Snyder vai trazer em “Batman Vs Superman“, a continuação de “O Homem de Aço” com Henry Cavil e agora, Ben Affleck como Batman.

Ontem foi anunciado que o papel de Mulher Maravilha será de Gal Gadot, modelo e atriz israelense de 28 anos, ainda desconhecida em Hollywood, apesar de participações na franquia “Velozes e Furiosos”. Mesmo sem ter olhos azuis e sendo magricela demais para a personagem conhecida por suas curvas e músculos, é bem óbvio que isso tudo é facilmente transformável com lentes de contato e treinos.

Se isso é o que falta, o que temos? Gal tem um rosto lindo pra encarnar a grega, tem bom condicionamento físico (ela era do exército de Israel e chegou a dispensar dublê nas cenas de ação de “Fast and Furious 6”) e tem uma voz rouca e grave bonita (kkk ficou meio gay essa parte, mas é que a WW dos desenhos tem sempre uma voz muito forte e marcante, se a atriz fosse taquara rachada era um ponto a menos!). Estou animada com a escolha!

E ainda tem um ótimo personal stylist! Oh que musa nos red carpets! (Não existe mulher feia…)

Em outro post mostro pra vocês minha micro-coleção da Wonder Woman! Tenho algumas bonecas e outras coisinhas… ♥ E pra quem quiser começar a ler os HQs, dei a dica neste post aqui! Abaixo algumas capas que eu escolhi, pra mostrar um pouco dos visuais diferentes que ela já teve!