O turbante, muito mais do que um simples acessório de cabeça, é um símbolo de luta e resistência. No Brasil, ele carrega vários significados – como empoderamento e sabedoria, por exemplo – e representa um grande resgate da cultura ancestral africana. Ele possui um papel fortíssimo nas religiões de origens africanas, porque é usado para proteger o “ori”, que significa cabeça na língua yorubá.
O acessório vem ganhando cada vez mais espaço nas ruas como forma de reconhecimento e valorização da cultura negra na contemporaneidade, como consciência e orgulho da sua origem. Ou seja, o turbante não é modinha. Ele é um elemento político-social de empoderamento do povo negro. Para a mulher negra (e para as meninas negras também!), o turbante é a sua própria coroa. Por isso, todo o respeito à cultura é o mínimo que nós, brancas, podemos fazer. Para continuar a ler sobre o assunto, indico muito os textos da Fernnandah, da Karoline e da Stephanie.
A moda possui um poder de apropriação cultural muitas vezes nocivo, o que tornou qualquer amarração na cabeça um “turbante”. Porém, é bom que fique claro: isso, isso e isso são lenços ou faixas de cabelo. Turbante de verdade é geralmente feito de um tecido retangular comprido, mais grosso, e que possibilita diversas amarrações. No Youtube, várias meninas ensinam maneiras de amarrá-lo. Aproveita e vê os vídeos das lindonas Rayza, Magá, Yuli, Sá e Débora para ter mais ideias na hora de colocar o seu. ;)
Onde comprar: Dresscoração, Turbante-se, Boutique de Krioula, Maria Chantal, Ttrappo e AFROntará.